sábado, 1 de outubro de 2011

POLICIA DESARTICULA ESQUEMA DE FALSIFICAÇÃO DE CNH



Documentos emitidos no Rio de Janeiro eram distribuídos na Zona da Mata por R$ 2


Leonardo Costa/Tribuna de Minas
cnh falsa
Investigadores suspeitam que ao menos cem carteiras falsas foram distribuídas
JUIZ DE FORA – A Polícia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata, desmantelou uma quadrilha que vendia Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) falsas. Os documentos eram emitidos nas cidades de Santo Antônio de Pádua, Itaperuna e Três Rios – todas no Rio de Janeiro – e distribuídas em Minas por R$ 2.500. Algumas carteiras tinham origem na capital fluminense. Doze pessoas foram presas e levadas para a delegacia, onde prestaram depoimentos na noite da última quarta-feira e foram liberadas. Entre elas, dez eram donas das carteiras de habilitação e duas interceptadoras do esquema. No total, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, em dois dias, nas cidades de Leopoldina e em Juiz de Fora. De acordo com o delegado titular da 6ª Delegacia Distrital, responsável pelas investigações, Carlos Eduardo Rodrigues, foram apreendidas 13 carteiras de habilitação, além de documentos, computadores e um carimbo médico. Anotações em uma agenda apreendida serão investigadas. Elas podem trazer informações sobre os compradores. Formulários do Detran do Rio de Janeiro também foram descobertos com o grupo. Agora, a polícia investiga se há participação de funcionários do órgão carioca no esquema. Segundo Rodrigues, um morador do Bairro Solidariedade, em Juiz de Fora, é suspeito de ser o atravessador no esquema. Esse homem seria responsável por recolher os dados pessoais dos compradores e repassar os documentos. Na delegacia, o homem confirmou que ganhava um percentual sobre cada carteira vendida e era o responsável por fazer a ligação entre o interessado em comprar o documento com o líder do grupo em Leopoldina. As diferenças entre as CNHs foram notadas pela data de validade e um adesivo que a verdadeira não possui. “Na falsa, a data de validade é de seis anos. Já na emitida pelos órgãos oficiais é de cinco anos”, salienta a delegada Cristiane Maciel, responsável pelo Setor de Habilitação da Delegacia Regional de Juiz de Fora. Algumas habilitações possuem registros existentes, mas que não condizem com a foto da pessoa. No entanto, outros documentos emitidos pelo bando não estão cadastrados no sistema. Os suspeitos podem ser enquadrados no crime de formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e estelionato. A polícia acredita que pelo menos cem carteiras foram distribuídas em Juiz de Fora e em cidades da Zona da Mata. As investigações agora estão focadas na localização do líder da quadrilha.

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