sábado, 26 de novembro de 2011

VEREADOR DEVE SER CASSADO

Comissão processante deve cassar vereador da cueca

Fonte de alto escalão da Câmara Municipal disse que Gêra Ornelas está com seus dias de parlamentar contados


Reprodução
Gêra Ornelas
Vereador aparece escolhendo o melhor ângulo para ser gravado de cueca na Câmara
A
Câmara Municipal de Belo Horizonte decidiu abrir uma Comissão
Processante (CP) para analisar o pedido de cassação por quebra de
decoro parlamentar do vereador veterano Gêra Ornelas (sem partido).
Conforme o Hoje em Dia revelou com exclusividade em outubro, ele fez um
vídeo em seu gabinete em que aparece vestido de cueca e acariciando os
cabelos de uma jovem, em outra cena.

Na próxima segunda-feira (28), o corregedor da Casa, Edinho do
Açougue (PTdoB), deve entregar para a Mesa Diretora o relatório da
comissão de ética que irá apontar as infrações cometidas pelo vereador.
Em seguida, o plenário terá que votar a favor ou contra a abertura do
processo por quebra de decoro.

Para abrir o processo de cassação de mandato, 21 dos 41 vereadores
têm que votar a favor. Depois, é formada uma comissão composta por três
vereadores escolhidos pelo presidente, Léo Burguês (PSDB), para dar
prosseguimento à investigação.

Caso os vereadores da CP resolvam pela cassação, o caso será
submetido novamente à apreciação do plenário. Desta vez, será preciso
de maioria absoluta para aprovar a cassação. Ou seja, 28 parlamentares
tem que votar pela cassação do mandato. Se isso ocorrer, será a
primeira vez na história do Legislativo da capital que um vereador pode
ser cassado por quebra de decoro parlamentar.

Uma fonte de alto escalão da Câmara, que pediu para ficar no
anonimato, já adiantou que o sentimento predominante entre os
parlamentares é pela cassação. Na quinta-feira (24), Gêra antecipou a
decisão do PSB de expulsá-lo e optou por apresentar um pedido de
desfiliação da legenda.

Sem partido, ele não poderá concorrer à reeleição em 2012. Não bastasse as complicações políticas, Gêra é alvo de investigações do Ministério Público Estadual (MPE). Uma delas, já concluída, revelou que ele cobrava mensalinho de um ex-funcionário. A outra, em andamento, apura o envolvimento dele com adolescentes.

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