Mistério. Nem polícia sabe explicar como vigia que tomava conta da casa não percebeu o assalto
Criminosos aproveitaram a noite de Natal para promover uma verdadeira limpa na casa da ex-deputada federal Maria Lúcia Cardoso, ex-mulher do político Newton Cardoso (PMDB). A residência, um imóvel de luxo que ocupa meio quarteirão entre as ruas Xingu e Agena, no bairro Alto Santa Lúcia, região Centro-Sul, foi revirada por ladrões que não pouparam nada. Até as camas, segundo uma assessora da ex-mulher de Newton Cardoso que se identificou como Tatiana, foram desmontadas e levadas pelos ladrões. A informação não confirmada pela assessora é que, só em joias, os criminosos levaram R$ 2,5 milhões. Roupas, dinheiro, móveis, eletrodomésticos e objetos pessoais da ex-deputada também foram levados. "Imagine uma casa vazia. Foi assim que os ladrões deixaram a residência", disse a assessora.
A suspeita da polícia é que o crime tenha sido cometido por pessoas que já conheciam a rotina da casa e sabiam da ausência da ex-deputada, que está de férias em Nova York com os filhos.
O que nem mesmo a polícia sabe explicar é como um vigia, contratado para tomar conta da casa, não percebeu o roubo. Ele ainda não prestou depoimento. "Na hora do crime um vigia monitorava a casa. Nem mesmo ele percebeu a ação dos criminosos", contou a delegada Sônia Maria Jesus de Miranda.
Maria Lúcia Cardoso recebeu a notícia do crime por telefone. "Ela está em estado de choque", disse a assessora que a acompanha na viagem. Newton Cardoso também confirmou o assalto. Segundo ele, foi a filha mais nova do casal quem descobriu o crime, na manhã no dia 25. "Levaram tudo", disse ele. Até ontem, nenhum suspeito havia sido identificado.
A casa da ex-mulher do deputado tem cerca elétrica, fica numa região de alto luxo, que conta com sistema particular de vigilância e também integra a Rede de Vizinhos Protegidos, programa que tem o apoio da Polícia Militar. Ao lado dela, mora o filho Newton Cardoso Júnior, que ontem não foi encontrado em casa.
Para o tenente-coronel José Carlos Assis, que comanda o 5º batalhão, responsável pela área, os festejos da data contribuíram para que o crime não fosse percebido. "Muitas casas estavam vazias e outras, com grande movimento devido à data".
Entre os vizinhos de Maria Lúcia, poucos falaram sobre a ocorrência. "Só percebemos que tinha acontecido algum problema quando vimos os carros da polícia na rua", contou um morador que pediu para não ter o nome divulgado.
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