segunda-feira, 26 de março de 2012

PT DA CAPITAL NÃO VETA TUCANOS

PT aprova reedição da aliança de 2008 e não veta tucanos
A restrição ao PSDB ficou nos discursos e deverá ser decidida pelo prefeito
Publicado no Jornal OTEMPO

FOTO: GABRIELLA GUALBERTO/PTMG
Definição. Os petistas da capital reafirmaram a aliança com o PSB, mas as discussões continuam porque a participação do PSDB está aberta
GABRIELLA GUALBERTO/PTMG
Definição. Os petistas da capital reafirmaram a aliança com o PSB, mas as discussões continuam porque a participação do PSDB está abertaEm uma disputa acirrada, o PT decidiu, ontem, apoiar a reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Caberá ao socialista, no entanto, a decisão de manter ou não o PSDB na coligação.

                                                                      Dos 479 delegados petistas registrados na votação que definiu a participação do partido nas eleições municipais de outubro, 255 (53%) foram favoráveis à tese de apoio a Lacerda, mas sem vetar a participação dos tucanos na aliança.

O documento aprovado apenas "reitera a não-participação nessa coligação de partidos políticos que se opõem ou venham a se opor ao governo da presidente Dilma Rousseff". Assim, não há uma proibição expressa da participação dos tucanos na aliança. Ficou definido apenas uma manifestação contrária à presença do PSDB. Outros 224 (47%) dos delegados optaram pela candidatura própria.

Segundo presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, a tese vitoriosa não impõe restrições ao prefeito quanto à participação do PSDB. Trata-se de um veto no plano das ideias que, na prática, dá total liberdade para o socialista formar sua coligação. "O veto político ao PSDB foi dado por 100% dos petistas. Mas não vamos impor ao Marcio (Lacerda) uma restrição que o impeça de ampliar suas políticas de aliança", explicou o deputado.

Apesar de, antes da votação, ter feito discurso acalorado contrário à presença do PSDB na chapa, o ex-ministro Patrus Ananias também não coloca como condicionante a saída do rival para a manutenção da aliança. "Alguns companheiros colocam a exclusão do PSDB como uma questão de princípio, dogmática. Nós questionamos, sim, a participação do PSDB, inclusive a nossa posição é de evitar a participação do PSDB, mas não colocamos isso como princípio", avaliou.

O deputado federal Miguel Corrêa não descarta a possibilidade de estar lado a lado dos tucanos. "Não fazemos pedido ao PSB de exclusão ao PSDB. Fazemos recomendação que os tucanos não participem. Eu defendo a aliança com o PSB. Se o PSDB deseja apoiar nosso programa político, nosso vice e o prefeito do PSB, que fique à vontade", disse.

Insatisfação. O resultado acirrado da votação, na análise das lideranças petistas, que preferiram não ser identificadas, mostra que há uma maioria insatisfeita com o desempenho da atual aliança. Por isso, eles chamam a atenção para a necessidade de renegociação com o prefeito de alguns pontos programáticos, o que seria mais importante do que a definição pela participação ou não do PSDB na aliança.

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